quarta-feira, 8 de agosto de 2007

DOS PEIXES QUE SE APANHAVAM NAS REDES

“E nas redes dos barcos chegavam peixes muito raros, de outras naturezas em grandes e pequenos tamanhos mas sempre com muitas cores. Todos os olhavam muito intrigados e quando nas redes se misturavam as sardinhas, que estrebuchavam o dobro destes por não estarem na água, ninguém reparava nelas por tão grande ser o contraste.”
in Relato dos Dizeres Comuns, vol. V, Lisboa, 1758

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DOS RISOS QUE ULULAVAM NA NOITE

"Um criador de vários animais, em uma quinta na parte oriental de Lisboa, sentiu risos à noite e saiu alumiado por uma lanterna para procurar donde vinham. Descobriu, o que o apavorou muito, que os risos provinham de cães seus, (...) muitos eram pardos e riam com as bocas abertas em sorrisos sardónicos, enquanto os cães amarelos dormiam como se nada fosse."
in Relato dos Dizeres Comuns, vol. III, Lisboa, 1758